
Cão farejador do Ministério da Agricultura faz apreensão de sementes de maconha, flores e abóbora no dia de aniversário de um ano de serviços prestados em Curitiba
- Marcos Tosi – Gazeta do Povo em 5/04/2018 16:55

No aeroporto, Thor já evitou a entrada de bifes de chorizo, queijos e salames escondidos nas malas de viajantes procedentes da Argentina e do Paraguai, de onde vêm os únicos voos internacionais diretos para Curitiba. “Com o tempo, o pessoal já fica sabendo que aqui a fiscalização é mais rígida e as tentativas de contrabando começam a diminuir”, comenta Beggiora.
Nos Correio, a situação é diferente. É lá que acontecem 80% das apreensões de produtos agropecuários. “Para se ter uma ideia, a unidade do Vigiagro que atua nos Correios em Pinhais fez no ano passado 13 mil retenções de mercadorias impróprias. Dá mais de mil apreensões por mês”, aponta o fiscal.
Entre os produtos mais apreendidos, estão sementes, fertilizantes e medicamentos veterinários. O que escapa do Raio X acaba sendo rastreado pelo focinho de Thor. As sementes irregulares oferecem grande risco sanitário pela possibilidade de conterem pragas de difícil combate, já que podem ser desconhecidas no Brasil.
Jovem ainda, o labrador tem pelo menos mais seis ou sete anos de tempo de serviço para cumprir. Antes de a aposentadoria chegar, o Ministério da Agricultura terá de aprovar uma legislação específica que regulamente a questão dos servidores caninos. “Como ele foi adquirido com recursos da União, ele pertence à União. Em alguns órgãos públicos, esses cães ficam com seus condutores. Mas isso terá de ser regulamentado, por que, afinal, trata-se de um patrimônio público, não dá para simplesmente levar para casa”, lembra Beggiora.
A segunda geração de cães farejadores da Vigilância Agropecuária Federal está a caminho. Em fevereiro aconteceu a licitação para compra de 10 filhotes que serão treinados em Brasília antes de assumirem suas funções no Aeroporto do Galeão e em outros terminais do País. Além do Ministério da Agricultura, o Exército, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal contam com o apoio de cães farejadores para coibir a entrada ilegal de drogas, armas e munições no País.
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